Aproveitando o fim de semana e a companhia de
amigos em visita voltei a explorar a costa a Sudeste de Mascate em Al Sidiya. Os barcos de
pesca em Portugal normalmente são boa indicação de um ou mais restaurantes com
peixe fresco e, espera-se, bem cozinhado.
Já tinha identificado um peixe da família da
dourada (robalo, dourada, sardinha, sempre uma escolha certa, sustentável e
saborosa) que abunda nestes mares, entre as várias dezenas que se podem
encontrar nos mercados e restaurantes. Nesse aspecto parece ter mais variedade
que em Portugal onde alguns peixes parecem estar restritos a cantinas (redfish,
abrotea, maruca, etc), outros a restaurantes e depois alguns peixes que só
parecem ser comprados e comidos em restaurantes especializados que ficam no
vale de cu de Judas junto ao mar onde o pessoal vai em romaria só para comer
esse prato. Os mais populares por aqui são o hamour (garoupa) e o kingfish (não
sei o nome em Português, só em Árabe :) ). Talvez por isso mesmo estejam na lista de peixes cujo stock esteja
sobre-explorado (ver mais aqui).
Felizmente, como em Portugal, a dourada, faskar por
estes lados, tem os stocks em bons níveis e não há sobrepesca. Também como em
Portugal é muito saboroso!
Vai lá com a mão! |
A bela da tasca à beira da estrada, tinha como
algumas em Portugal, erros ortográficos no inglês, a começar pelo nome do
sítio. Será que também é uma indicação universal de boa comida? Comida omanita,
clientes omanitas, cozinheiros paquistaneses. Comer com a mão claro. O peixe não
vem grelhado, mas frito, bem condimentado e ligeiramente picante. A acompanhar
arroz tipo byriani e salada não condimentada. Molho carilento e picante para quem quiser. Os amigos escolheram um shaari
eshkeli (não faço ideia do nome em Português) e estava também muito bom. Sou
esquesitinho na qualidade do peixe e na forma como é cozinhado, mas este sítio
encheu-me as medidas. Com amigos então, é do melhor. Só falta conseguir comer o
arroz sem ficar com metade na barba. É pena que esta boa comida não se veja
mais. Os restaurantes que não são tasca têm indiano, libanês, iraniano, tailandês
mas pouca coisa omanita. Talvez seja a falta de clientes, especialmente os
expats que acho que não se aventuram muito por sítios que não tenham um ar
moderno. Viva a tasca!
Nome errado, comida certa |
A sério? Eles não conhecem as vantagens de grelhar peixe?? Ainda bem que receberam a grelhadeira!
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