quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A feira



Este “velhote” esteve meia
hora a saltar numa luta de
espada encenada
Durante um mês por ano decorre o Muscat Festival. Este ano foi separado em duas zonas, ambas fora de Mascate, o que não dá muito jeito para ir ao fim da tarde, mas ainda assim esteve sempre cheio de gente. Foi interessante ver o conceito porque tem tudo o que se pode esperar encontrar num festival de artes (mais virado para as famílias) embora sem álcool nem drogas claro. Mas também tudo o que se pode esperar encontrar numa feira de produtos regionais, um pouco de feira popular e ainda uma pitada de stand de automóveis. Vou propor aos organizadores chamar-se FAECO - Feira das Actividades Económicas e Culturais de Omã. Ao estilo da quase homónima que se realiza em S. Teotónio para o concelho de Odemira. Nem faltavam os churros, ou algo similar. Havia também o mobiliário feito com palmas, desde a caixinha para o faqueiro até ao roupeiro, alguma bijutaria, as chibatas para os camelos, os kanjars, dishdashas e outra indumentaria.
Mini churros
Como ainda não me aventurei para muito longe de Mascate ainda não vi muito. No festival o que se podia ver do resto do país, para além de várias versões de crepes com ovo, natas azedas e mel – bem bom posso atestar – e outras iguarias culinárias era a diversidade genética deste povo. Em Mascate há alguma diversidade, mas uma pequena amostra pelos vistos. Pessoas com cara de etíopes puros, outros africanos que imagino tenham origem na zona de Zanzibar que foi omanita até à pouco tempo, para além do pessoal com caras árabes (embora já não tenha bem a certeza do que isso significa), paquistanesas (Omã também controlava parte desse território) e claro, toda a mescla destes povos. 
Não há homem da cerveja, há homem do chá
Até aos anos 50 havia escravos africanos, embora já integrados na sociedade e rapidamente absorvidos quando a escravatura foi abolida. Importa dizer que o conceito de escravidão não era o mesmo que temos da altura das nossas descobertas. Pelo que sei eram principalmente soldados. Também na absorção de outras culturas e etnias somos semelhantes aos Omanitas, embora o tenhamos feito ao longo de mais séculos e não tenhamos mantido a escravatura tanto tempo.

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