sexta-feira, 24 de maio de 2013

Abril águas Mil


Escrevo com um atraso de um mês.Tentei lembrar-me de um provérbio que rimasse com tempestade tropical, mas não encontrei nenhum. Quando as temperaturas pareciam continuar a subir lenta mas seguramente para cima dos 40ºC, eis que vem a chuva. E quando veio, veio forte. Em Mascate choveram cerca de 5mm em poucos dias (o que é suficiente para inundar muitos sítios), mas nas montanhas foram mais de 50mm, algo como 1/3 do total anual… Há feridos e mortos a registar levados pelas torrentes de lama de destroços. Foram logo menos 10ºC e vento fresco. No início muito bem vindos, mas depois a realidade da infraestrutura Omanita veio ao de cima. Assim como os Portugueses acreditam piamente que não faz frio em Portugal e por isso não isolam as casas, os Omanitas acreditam profeticamente que não chove em Omã. Assim sendo não é preciso ter sarjetas nas ruas, não é preciso que as ruas tenham um declive para a água escoar para a sarjeta ou ribeiro mais próximo e evidentemente não é preciso tapar buracos no telhado ou isolar janelas para não entrar água. Assim, para além das muitas poças na rua – um eufemismo para lagoas em todos os baixios da cidade - havia poças dentro de casa… um problema ainda não totalmente resolvido mais de um mês depois. 
Dois dos concorrentes
Interessante foi ver os locais num concurso involuntário de mister dishdasha molhada e miss abaya molhada. Tenho a dizer que continuam muito pouco reveladores.

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