Escrevo
com um atraso de um mês.Tentei lembrar-me de um provérbio que rimasse com
tempestade tropical, mas não encontrei nenhum. Quando as temperaturas pareciam
continuar a subir lenta mas seguramente para cima dos 40ºC, eis que vem a
chuva. E quando veio, veio forte. Em Mascate choveram cerca de 5mm em poucos
dias (o que é suficiente para inundar muitos sítios), mas nas montanhas foram
mais de 50mm, algo como 1/3 do total anual… Há feridos e mortos a registar
levados pelas torrentes de lama de destroços. Foram logo menos 10ºC e vento
fresco. No início muito bem vindos, mas depois a realidade da infraestrutura
Omanita veio ao de cima. Assim como os Portugueses acreditam piamente que não
faz frio em Portugal e por isso não isolam as casas, os Omanitas acreditam
profeticamente que não chove em Omã. Assim sendo não é preciso ter sarjetas nas
ruas, não é preciso que as ruas tenham um declive para a água escoar para a
sarjeta ou ribeiro mais próximo e evidentemente não é preciso tapar buracos no
telhado ou isolar janelas para não entrar água. Assim, para além das muitas
poças na rua – um eufemismo para lagoas em todos os baixios da cidade - havia
poças dentro de casa… um problema ainda não totalmente resolvido mais de um mês
depois.
Dois dos concorrentes |
Interessante foi ver os locais num concurso involuntário de mister
dishdasha molhada e miss abaya molhada. Tenho a dizer que continuam muito pouco
reveladores.
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