quinta-feira, 29 de agosto de 2013

De A para B. C é de carro.

O motivo foi levantar o carro à oficina. E quem não têm carro em Omã entra num mundo diferente. Para muitos, infelizmente, isso significa uma vida de trabalho duro, andar muitos kilometros a pé com temperaturas acima dos 35°C e uma humidade asfixiante.
Não foi certamente o caso. As temperaturas estão mais baixas - já baixa dos 30°C durante a noite - e só tive de descer a rua. E apesar de estar nesta casa há vários meses foi a primeira vez que o fiz... Toda a cidade e vida das pessoas está  desenhada para tudo se fazer de carro. É em parte comodismo, mas durante pelo menos 4 meses do ano andar na rua é um suplício. Para além disso os passeios são poucos e descontinuos e há grandes áreas de Mascate que são cortadas por autoestradas sem ligações para peões. E transportes públicos resumem-se a pequenas carrinhas geralmente sobrelotadas que fazem as principais artérias da cidade.
O passeio foi agradável apesar de não estar a conseguir apanhar táxi para a oficina. Eis que entra em jogo o factor local. Um simpático senhor ao ver- me a procurar táxi perguntou num inglês simples se eu queria carro. Por momentos pensei que tinha o seu próprio negócio de táxi oficioso. Perguntei para onde ia e tive como resposta a mesma pergunta. Não fiquei menos desconfiado, mas ao responder à pergunta disse-me que ia para essa zona. E assim tive uma boleia que nem tive de pedir, uma agradável conversa e ainda poupei uns reais. Já tínhamos ouvido relatos e tido a experiência de boleias abundantes. O outro lado da moeda é que quem anda a pé espera também boleia. A técnica é mandar parar o carro e entrar sem perguntar. Diz-se para onde se quer ir e o facto está consumado. Felizmente ou não é um hábito comum nas zonas rurais, mais raro em Mascate.

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