quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Os reis da chanata



O código de vestuário na empresa é camisa de manga curta ou longa, calças que não de ganga e sapato fechado. Para os expatriados. Os locais, orgulhosos da sua tradição vestem-se com a dishdasha e no pé, supostamente também uma tradição, a bela da chanata. As mulheres expatriadas têm mais liberdade e a chanata é-lhes permitida. Ora, para um país em que as temperaturas mínimas no inverno não baixam muitas vezes dos 15ºC – à noite claro – a chanata faz todo o sentido. Infelizmente não posso invocar a tradição do meu país, não me lembro dos campinos ou as minhotas com os seus oiros usarem chanata. Só os pescadores do Guincho, mas acho que não se qualifica como traje tradicional. Ainda pensei usar mais um paleio proto-colonialista, neste caso tanga proto-colonialista de terem sido os portugueses a introduzir a chanata no país, no longínquo século XVI. Al-Chanata como se dizia na altura. Seria como dizer que foi a dinastia Filipina que introduziu o bacalhau salgado em Portugal. Para mim, adepto da chanata, com meia de preferência (aliás tema do meu primeiro blogue, feito em conjunto com outra pessoa que era contra mas desistiu por não ter argumentos), é chato. Em casa e durante o fim-de-semana não há sapatos, mas depois há 5 dias inteiros de pés a cozer…

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